quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Dobradinha de desrespeito no Smart Perdizes: madeiras e gritos



Pela segunda vez em três dias, a obra do Smart Perdizes, da Gafisa, resolveu ignorar o sono dos vizinhos e novamente rompeu o limite do bom-senso entre as partes (leia post abaixo), descarregando materiais até às 2h. E até começaram "cedo", 22h30. Mas algo me diz que duas ou três pessoas para um caminhão grande cheio de madeiras não é muito proporcional. Com isso, demoraram mais de 2h para o serviço (antes, descarregaram ferros). Enquanto gravava (e como pode ser ouvido, mas não visto no vídeo, já que o caminhão estaciona atrás da construção), um operário grita "ai, minha mão"!

Como este blog e seu autor não têm nada contra que precisa trabalhar de madrugada para obter o sustento, mas sim contra empresas que poderiam tornar a situação mais aceitável para todos, desejamos que nada de mau tenha ocorrido. Mas isso não reduz o tamanho do problema em que estamos: a empresa alega que tem horário de descarga limitado pela lei dos caminhões da Prefeitura, mas não se furta a cumprir outra lei com precisão suíça, a que prevê início do barulho diurno às 7h. Com essa dualidade, pior para os vizinhos, que tem "tolhidas" horas de sono noturno e são forçados a acordar às 7h. O bom senso está indo embora de novo nessa relação...

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

PAN no Smart Perdizes: "pan" do ferro caindo, "pan" da madeira caindo...



Concatenar a) a lei dos caminhões da Prefeitura, que impõe limite à carga e descarga na capital; b) o barulho feito pelas construtoras ao fazer essa descarga e c) a necessidade de os vizinhos dormirem um mínimo antes de a obra de fato começar de manhã é uma equação complicada e instável. De agosto para cá, fiquei com a impressão de que as postagens no blog e no Youtube haviam levado a relação com a obra do Smart Perdizes a um patamar de concessões. Passei a considerar aceitável a entrega de material até 0h, 0h30. E o serviço, pelo menos o que pude escutar, não ia além. Hoje, porém, essa aparente "harmonia" já foi posta à prova de novo.

Ouvir ferros e madeiras sendo arremessados ao chão às 23h é irritante em um dia em que você acorda com a obra começando 20 minutos mais cedo, às 6h40. Mas vá lá, ao menos eram 23h e muita gente está acordada. Tem programação do PAN de Guadalajara, vamos lá. Mas o tempo passa, já dizia o locutor, e nada de a competição acabar na obra. Os barulhos se alternavam entre ferros, com nítida vantagem sonora, e madeira, que, coitada, era uma massagem nos tímpanos. Meia-noite, meia-noite e meia, o horário limite... e nada de silêncio. À 1h10 a paciência acabou e fiz o vídeo acima. Vinte minutos depois, acelerando com boa dose de barulho, o caminhão se foi. Espero que tenha sido um deslize e não a volta de uma penosa e irritante rotina...

PS: Durante esse hiato sonoro na obra, a Gafisa respondeu a uma reclamação que fiz via Twitter. Diz a empresa, em dois posts: "A Gafisa respeita os horários estipulados pela legislação vigente..." e "..."e nossos empreiteiros tem orientação de minimizar o barulho ao máximo.

"Sinto muito, mas sou obrigado a discordar. Os "horários estipulados pela legislação vigente" são a lei do silêncio, e isso é antes da meia-noite. Já é dado um desconto em função da lei dos caminhões. Fazer barulho até 1h30, neste caso, é além até do que outra lei municipal estipula como limite para bares sem isolamento acústico, 1h. O fato de haver uma limitação até 21h na circulação dos caminhões não cria um salvo-conduto legal e automático para que entregas sejam feitas entre 22h e 6h.

A mensagem da Gafisa foi repetida na reclamação seguinte. Ao responsável pela conta de Twitter: sinto muito, mas sobre imagens como estas e fatos há pouco que uma resposta automatizada possa fazer.