terça-feira, 29 de novembro de 2011

A segurança "venceu" o barulho?

Sim, vamos falar hoje, como sempre, do barulho nas madrugadas na obra do Smart Perdizes da Gafisa. Mas, antes, gostaria que vocês, leitores, vissem estas imagens do final da descarga barulhenta de materiais na madrugada desta quarta-feira, entre 1h40 e 2h. O motorista de um segundo caminhão de carga se recusa a entrar na obra. Pelo que pude ouvir de casa na discussão dele com os funcionários da recepção, a alegação era de que o terreno não tinha condições de receber um caminhão cheio, pela quantidade de lama e um buraco. Vejam a retirada dele:




Primeira coisa: admiro pessoas que confiam em sua experiência e intuição mesmo nas adversidades. Se o motorista, que já deve ter um bom tempo de estrada e qualificação - ou não seria contratado pela Gafisa e suas terceirizadas - acha que não havia condições de entrar com o caminhão, não deveria entrar mesmo. Poderia arriscar seu veículo e certamente faria ainda mais barulho do que a descarga de materiais.

Parabéns a você, motorista, pela convicção. Se houver algum reflexo negativo por causa de sua decisão, escreva ao blog que cobraremos providências. Embora seja penoso e irritante monitorar com bastante frequência as descargas ruidosas de material do Smart Perdizes madrugada adentro, é bom ver atitudes de bom-senso de vez em quando. Elas devem ser valorizadas.

Ah, a segurança a que me refiro no título é a segurança inata do motorista. A Polícia Militar foi chamada para a ocorrência à 1h, mas não apareceu até agora (2h32), o que não resolveria, já que o barulho cessou.

Voltando ao tema principal: mais uma vez a obra do Smart Perdizes da Gafisa resolveu "esticar a corda" do limite de horário e paciência dos vizinhos entre 21h, final da restrição de caminhões na capital, e a 1h, limite de tolerância que, imagino, seja o máximo que algum vizinho pode dar, já que as obras começam pontualmente às 7h. ou até antes. O arremesso de ferros começou antes de 23h, e se estendeu, com pausas curiosas (supus que fosse o cansaço dos trabalhadores que realizavam a tarefa; por que a Gafisa não contrata mais pessoas e acelera o processo, hein?) até depois de 1h com o primeiro caminhão. Sabe-se Deus até que horas iria o segundo se tivesse levado a cabo o processo de descarga. Veja os episódios da saga, agora na ordem cronológica (veja do primeiro ao último a partir daqui e, depois, veja o lá de cima para a conclusão):





terça-feira, 15 de novembro de 2011

Precisavam trocar o 'caçambão' às 4h?


Embora algumas horas atrasado, o post/protesto ainda é válido. Normalmente, a obra do Smart Perdizes respeita os domingos dos vizinhos e não faz barulhos. Na madrugada de segunda-feira (14/11), porém, mais essa regra de boa convivência foi quebrada. O caminhão dos caçambeiros a serviço da Gafisa, responsável pela obra, chegou às quatro da madrugada... isso mesmo, quatro da matina! Já estava dormindo e acordei com o barulho de um "caçambão" de ferro sendo arrastado pelo asfalto, algo equivalente a um ônibus sem freio tentando frear em uma ladeira íngreme. Nem o caminhão de lixo consegue tal proeza. Que, aliás, chegou perto do "recorde" de incômodo e abuso da obra, que já tentou fazer descarga de ferros às 4h20 - mas foi devidamente impedida pela Polícia Militar. A pergunta que fica: é realmente necessário fazer esse ruidoso serviço às 4h?

Vendo reportagem do Jornal da Tarde de hoje, dia 15, vejo que a resposta é não. Segundo trecho da matéria, a lei permite a troca e colocação de caçambas de 10h às 16h e de 21h às 5h. Logo, em locais com vizinhos que dormem durante a madrugada e precisam acordar cedo, elas poderiam ser colocadas à tarde, certo? Errado. Além do desconhecimento da lei, os caçambeiros ainda se valem de outra desculpa: como há muito trânsito à tarde, não compensa mandar os caminhões fazerem o serviço. Ou seja, o lucro está acima do bem-estar geral. Muito edificante essa lógica. Há, também na reportagem, bons exemplos de obras que chegaram a um acordo com vizinhos, se comprometendo a fazer a movimentação das caçambas no início da noite, e outro caso em que um vizinho conseguiu proibir, na Justiça, uma obra de fazer barulho com esse tipo de transporte na madrugada. Fico imaginando qual dos caminhos a Gafisa preferirá com sua obra...

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Estica de um lado, estica do outro

Bom dia, leitores do blog. "Bom dia? Mas esse maluco só não reclama de madrugada?", poderá dizer o desavisado visitante. Pois é, mas além da luta contra a descarga de materiais além de 1h na obra do Smart Perdizes da Gafisa, agora as manhãs têm sido mais "agitadas" na construção também. Hoje (11/11/11), por volta de 6h20, operários já jogavam ferros para lá e para cá. Não sei se é pela mística da data (tomara, já que a próxima será em 12/12/12 e, depois, em 1/1/3001...) ou se vão tentar "emendar" o barulho da madrugada no da manhã. Vamos monitorar...

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O concreto que virou ferro que virou barulho na madrugada. Mas há uma esperança?


O braço mecânico da betoneira erguido até o último piso construído da obra do Smart Perdizes da Gafisa me pareceu desempenhar perfeitamente o papel de corvo pousado na minha sorte (ou na sorte do meu sono) quando o avistei a pleno vapor às 22h. Mais ainda quando vi, também, que havia dois caminhões com vergalhões parados do lado de fora para descarga. A noite ia ser longa...

Esperei, como de praxe, o "limite pessoal" de 1h antes de fazer algo, como já mencionei em posts anteriores. Afinal, há, como sempre lembra a empresa, o rodízio de caminhões, e eles só podem chegar a partir de 22h. Passou-se a 1h e nada do primeiro caminhão terminar, com o segundo ainda à espera. A PM foi acionada e prontamente atendeu. Daí veio a informação: a concretagem havia atrasado no dia (problema de planejamento?) e isso levou ao atraso das demais tarefas de descarga de  materiais. O policial quis saber se era necessário levar os operários à delegacia e registrar um BO. Negativo. Se geralmente quem está ali de madrugada descarregando materiais pesados não tem culpa do barulho, imagine com atraso de outros, os do concreto. O problema em questão não é com quem recebe a ordem de descarregar, e sim com quem não consegue chegar a um termo razoável de horário entre limitação da Prefeitura e bem-estar dos vizinhos: a empresa.

Já conformado com a "campana" nas próximas horas para registrar o horário de saída do segundo caminhão, fui surpreendido. A PM ainda ficou mais um tempo no local. Após sua saída, pasme, o caminhão também foi embora. Ou descarregaram sem ruído algum, ou algum superior teve bom senso de cessar o barulho às 2h, já que a obra matutina recomeça às 7h. De todo modo, fez ressurgir uma esperança de bom senso na questão. A quem tomou a decisão ou fez a descarga em silêncio, meu obrigado.

PS: Uma correção ao áudio do vídeo. O carro vermelho citado não pertenceria a nenhum superior da obra, e sim a uma pessoa ligada a um dos trabalhadores. Falha nossa, devidamente informada.