quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Alguém presta atenção? (ou 2 Pontos Positivos para a Gafisa)

Após tantos problemas já relatados por este blog, devo dizer que hoje o dia parece começar com mais otimismo. Nossas reclamações sobre a antecipação do barulho da obra do Smart Perdizes da Gafisa desde a quarta-feira de Cinzas parecem ter sido ouvidas (assim espero). Hoje, a obra retomou o marco de 7h como início dos ruídos (ao menos foi essa nossa impressão).

Além disso, há pouco (cerca de 10h30) um caminhão chegou para trocar as caçambas, o que vinha ocorrendo após 23h - houve momentos em que chegou a ocorrer às 3h, no caso de um caçambão que não tem mais dado as caras por aqui. Salvo engano, a legislação do rodízio de caminhões - que sofre modificações a partir de hoje - tem um espaço durante a tarde no qual é permitido circular. Mas caminhoneiros reclamam que é um tempo curto e pouco lucrativo, por isso preferem a noite. Claro que essa opção noturna gera barulho em horários indevidos. Por isso, a troca diurna que ocorre hoje merece ser elogiada por ir contra essa lógica.

Se esse blog tem cansado de relatar problemas de barulho fora de hora no Smart Perdizes, também tem por obrigação elogiar melhorias na relação da obra com os vizinhos. Assim, esforços "do lado de lá" são reconhecidos. E críticas futuras ficam mais justas.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O peso de 15 minutos (ou "Carta ao Pavarotti no Telhado")

Da quarta-feira de Cinzas para cá, a obra do Smart Perdizes da Gafisa adotou novo e incômodo procedimento: passou a iniciar sua barulheira matinal às 6h45, em vez de esperar pelas 7h como vinha fazendo. As exceções, creio, foram sábado e segunda-feira - neste último caso, começaram por volta de 7h45,o que pode ter sido mera confusão com o primeiro dia útil do horário de verão. Ou não. O fato é que acordar com ruídos e ver no relógio que eles começaram ainda mais cedo é irritante. Primeiro, porque são alguns minutos a menos de sono. Segundo, porque não raro a Gafisa estende suas descargas de material até depois de 1h, dando pouco mais de 5h30 para descanso. Em terceiro lugar, porque vem a dúvida: mas esses quinze minutos são tão essenciais assim ou é apenas falta de consideração com os vizinhos mesmo?

Vejam: se a obra esperasse até 7h para começar, este post, por exemplo, não seria necessário. Poderia alegar a empresa que os operários tentam não fazer barulho. De fato os ruídos mais pesados começam após 7h, mas se reduzem novamente após 9h. Observando o movimento pré-7h bem de perto, vejo que um pouco mais de organização minimizaria o problema. Seria realmente necessário um operário "espancar" uma barra de ferro bem ao lado das janelas dos vizinhos, no ponto mais próximo entre construções, nesse horário? Não seria possível esperar, por exemplo, até 8h e realizar serviços igualmente necessários em locais mais para o meio da obra? Tudo uma questão de bom-senso...

O mesmo bom-senso, por exemplo, que falta ao trabalhador que canta/berra músicas antes ou um minuto após as 7h. Nada contra a lógica do "quem canta seus males espanta"; de fato, a música pode ser um atenuante para quem está diretamente na origem do barulho, provocando-o e ouvindo-o. Mas um pouco de consideração com os vizinhos, cantando um pouco mais tarde, seria bom. Afinal, nunca se sabe quando o "Pavarotti" em questão pode ir a um programa de calouros musicais e depender de votação telefônica... Sim, nós vamos nos lembrar de sua voz (risos).

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Após carnaval, Gafisa "encurta" sono dos vizinhos

Escrevo às 7h38 de quinta-feira, 23/2/2012, mas o barulho na obra do Smart Perdizes da Gafisa começou já há uma hora, aproximadamente, com marteladas e arremessos de materiais - menos frenéticos do que após as 7h, fato, mas suficientes para acordar os vizinhos. E isso depois de a empresa e suas terceirizadas terem feito barulho até 1h05 com remoção de caçambas - lembrando que rodízio de caminhões vai até 22h, o que daria três horas de lambuja entre o limite e o barulho em si; ou seja, a coleta poderia ter sido feita bem antes. Ontem (22/2/2012), barulho matinal começou por volta de 7h30, com arremessos de madeira a uma altura aproximada de 10 metros, em vez de o transporte ser feito pelo elevador de carga ou guindaste. Hoje, por sua vez, é dia de caminhões de concreto: já houve casos em que a escala de concretagem foi tão lotada em um dia (mal-organizada) que serviu de justificativa para entrega de materiais - e barulho - na madrugada. Vamos ver hoje...

Abaixo, os vídeos do barulho na madrugada (curtinho, já que, sendo utilizada desde cedo, a bateria da câmera acabou antes dos ruídos do Smart Perdizes) e do arremesso de madeira pela janela, horas antes.


terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Espancamento de ferros às 7h05

Pois é, nobres leitores do blog, dose dupla de denúncias hoje (14/2/2012). Depois do mistério da luz de ontem - de de alguns gritos na madrugada -, hoje o dia começou com sessão de espancamento de ferros no Smart Perdizes da Gafisa. Não sou ruidólogo, mas me pareceu bem claro que estavam arremessando os ferros com mais força do que o normal hoje - alguma frustração pessoal?

O mais surreal disso tudo é que o barulho mais forte concentrou-se de 7h05 às 8h. Agora, enquanto escrevo às 8h25, reduziu-se. Ou seja, para que fazer barulho às 8h30 e dar aos vizinhos um pouco mais de sossego se a obra pode arremessar ferros mais cedo e deixar todos irritados? Forte sinal de mau planejamento (para não dizer algo pior)? Depois não entendem quando a PM é chamada de madrugada durante descargas barulhentas de material. Se dependesse da Gafisa, parece que horário de silêncio seria beeeeeem curto.

De todo modo, a Gafisa talvez não saiba, mas há limites para barulho mesmo durante o dia - vão variando com a hora. Já parece cabível chamar o Psiu para uma medição. As multas, pelo que vi, são salgadas.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Barulho e "mágica" na madrugada do Smart Perdizes da Gafisa



Parecia mais uma das sessões de incômodo "regulares" que a obra do Smart Perdizes da Gafisa impõe ao sono dos vizinhos. A carga e descarga de materiais até não era das mais barulhentas.Pareciam sacos de areia ou cimento sendo jogados na caçamba do caminhão na rua. O que realmente foi barulhento foi o diálogo entre os funcionários que faziam a movimentação de materiais, quase aos gritos em alguns momentos. Sei da dificuldade de trabalhar à noite quando se preferia estar em casa, mas em algumas situações as pessoas que trabalham na obra precisam ter consciência de que outros também estão sendo incomodados com o barulho, e que ali não é lugar de gritar. Mas enfim, não tem sido a praxe das pessoas que descarregam materiais, que, em geral, ou trabalham sem falar ou falam baixo - mas movem coisas muito barulhentas.

Fiquei espiando o movimento e estranhei o fato de a rua, no ponto diante da obra, estar um breu, às escuras mesmo. Achei que a luz do poste tinha queimado. E, imbecil, não filmei o momento. No final do serviço, quando voltei à campana, vi o quanto tinha vacilado. Misteriosamente, a luz havia voltado ao poste. Como não quero crer que a luz pública seja acesa e apagada pela conveniência de alguém - não me parece racional -, devo supor que pode ter sido mágica.

E lembrei na hora do primeiro filme da série Harry Potter, em que, nas primeiras cenas, o mágico Dumbledore aparece na Rua dos Alfeneiros, com os postes acesos. De pronto, ele saca um isqueiro que, quando aberto, captura as luzes dos postes e deixa tudo no escuro. Será que o bom mago resolveu trabalhar por aqui? Ou será só a imaginação deste que escreve. A partir de agora, "trouxa" que sou, vou prestar mais atenção a eventuais "mágicas" de luz.

Em tempo: depois de um par de dias, a Eletropaulo veio mexer no poste a pedido de um vizinho, que reclamou pelo fato de a energia elétrica ter caído na casa dele. Apesar de os técnicos dizerem que o cabo havia sido movido e que isso deveria ter sido causado pelo vento, o vizinho em questão disse que um caçambeiro havia batido no poste um dia antes. Continua o mistério.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

E a lei do silêncio entrou pelo cano


Pois é, insones leitores do blog. Mais uma vez a Gafisa resolveu mandar às calendas a lei do silêncio e o sono dos vizinhos na madrugada de hoje, 9/2/2012. Passado o horário de "tolerância", meia noite - afinal, há uma lei dos caminhões e o bom-senso indica que, até o final da noite e antes do início da madrugada, é possível fazer POUCO barulho com entregas. Friso o pouco. Mas não foi o que aconteceu; além de ter passado bem da meia-noite, a entrega estava bem ruidosa, com canos de plástico nitidamente sendo carregados sem cuidado (batiam as pontas do chão) e arremessados com força sobre a pilha de materiais. E isso porque eram canos de plástico. 

A PM foi acionada e atendeu de pronto ao chamado. Estabeleceu que os trabalhadores deveriam parar com o barulho e acabar o serviço logo. É aí que o iceberg começa a mostrar-se além da ponta. É claro que, tirando os arremessos ruidosos, não era culpa dos trabalhadores estar ali depois de 1h. Soube-se que foram agendados ao menos dois caminhões antes da entrega dos tubos. Tradução: a bomba vai para o colo da Gafisa, que, em tese, é responsável (???) por organizar essas entregas, não? Isto posto, fica a dúvida: a Gafisa marca ao menos três entregas na obra do Smart Perdizes na mesma noite, mesmo sabendo da lei dos caminhões e que há vizinhos em volta, por incompetência ou simples descaso com o sono alheio? Haveria uma terceira resposta? Porque qualquer uma das duas primeiras é de tirar a paciência de praticantes de meditação.