quarta-feira, 25 de abril de 2012

Ferro na madrugada de novo, Gafisa?

Pareceu premonitório falar no post anterior sobre erros cometidos seguidamente pela obra do Smart Perdizes da Gafisa. Depois da defenestração de madeiras às 7h20, outro  déjà-vu na madrugada: carga de ferros no caminhão. Isso já rendeu Polícia Militar na obra duas vezes, há alguns meses. O Smart Perdizes, fazendo jus ao nome, aprendeu? Necas. Hoje, de novo, arremessaram ferro na boleia até 1h45.

Para arrematar, ainda chega um outro caminhão à 1h50 e para na porta, na Rua Paris. Ficou uns 15, 20 minutos no local, dos quais uns 10 pelo menos com motor ligado, poluindo o ar e fazendo barulho no ouvido dos vizinhos. A carga? Um saco com peças metálicas menor do que o do Papai Noel. Que foi devidamente arremessado do alto da caçamba e arrastado. A Petrobras deve ficar bem feliz com as terceirizadas do Smart Perdizes. Nunca vi ninguém jogar fora combustível por nada como esses caras.

Defenestrando o sossego alheio às 7h20 (ou A Lei da Gravidade é grátis)

É impressionante a capacidade da Gafisa em incorrer no mesmo erro seguidas vezes no Smart Perdizes (smart? risos), o que deixa aos vizinhos a impressão de incapacidade ou descaso. Um desses episódios ocorre neste momento em que escrevo: arremesso de madeiras e outras sobras da construção pela janela de um dos pisos da garagem. E começou às 7h20, com barulhos pesados, de madeira e outros objetos atingindo com força o chão, que já está coberto de madeiras. Um exemplo de racionalidade e economia de energia: afinal, para que usar o elevador de carga se a lei da gravidade é grátis?

Ah, pensará o leitor mais crítico, mas isso não poderia incomodar e muito os vizinhos? Afinal, arremessar objetos de mais de dez metros de altura gera estrondos grandes. A solução: parar de arremessar e ficar de butuca quando algum vizinho aparecer na janela munido de câmera para registrar o belo momento da defenestração. Depois é só começar tudo de novo, como se nada tivesse acontecido.

PS: Mais tarde, os vídeos da brincadeira.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Um manobrista do barulho no Smart Perdizes ou 'Síndrome de Goleiro'

Quando a gente acha que a Gafisa já fez todos os barulhos possíveis com sua obra do Smart Perdizes, a empresa consegue se superar e inovar. E irritar. Já passam de 3h de 17/4/2012, madrugada de terça-feira, e a Gafisa resolveu descarregar hoje três ou quatro caminhões. Os primeiros saíram por volta de 1h e fizeram barulho na saída, com gritos e buzina. Este último está desde 1h15 dentro da obra, manobrando, soltando o freio de ar, fazendo descargas barulhentas e batendo objetos que parecem ser metálicos (não são vergalhões nem estruturas, suponho que seja algo sendo arremessado com força em uma carriola). E, pior de tudo, o caminhão tem um "manobrista" gritando cada vez que ele se move dentro da obra. Para completar, o motorista ainda dá umas buzinadas de vez em quando, acho que para comunicar que entendeu as "orientações". Tudo como se fosse no estádio, ou no campinho num sábado à tarde. Mas é madrugada de terça-feira.

Já viram como grita o goleiro de um time quando monta a barreira na cobrança de falta, ainda mais em final de campeonato? Pois é, parece que temos um "goleiro" aqui, tentando bloquear algo com o caminhão. Pois eu digo uma coisa que ele deixa passar como uma "penosa" no meio das pernas: o silêncio e o sossego dos vizinhos. No futebol, gritar não adianta nada, tem de ter esquema tático e habilidade. Na "pelada" da madrugada, parecem faltar os dois à Gafisa. Pior para o público, que nem tem como sair do estádio.

PS1: Já são 4h e abuso continua. Para piorar, toda vez que abrem a boleia do caminhão (ou algo parecido), faz-se um rangido digno de mansão mal-assombrada. Mas parece que a alma mais penada por aqui é a organização. Essa, coitada, já é finada desde 2010 no canteiro de obras.

PS2: Mais tarde posto os vídeos da gritaria do goleiro-manobrista. Querem apostar que a obra vai recomeçar às 7h ou antes disso? Menos de 4h de sono. Patrocínio, Gafisa.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Descargas de materiais que durem 6h, o manual

Diante do triste episódio de semana passada, quando uma carreta cheia de material irritou os vizinhos do Smart Perdizes da Gafisa de 0h55 às 6h59 de quarta, elaborei um pequeno manual de como a Gafisa pode proceder para não furar o rodízio de caminhões e, de quebra, não bater de novo o recorde de amolação aos vizinhos. É simples e nem precisa desenhar:

1) Carreta sai e local de origem antes de 5h ou entre 10h e 16h. Chega ao ponto de carga e fica preenchida até antes de 16h.
2) Carreta chega antes de 16h ao Smart Perdizes e começa a descarregar. Pode levar as mesmas 6h que no dia 4/4
3) Descarga acaba 22h e caminhão pode ir embora no final do rodízio. Operários acabam mais cedo, vizinhos não têm de aturar barulho de madrugada e não precisam denunciar abusos no blog. Iupi!

Parece difícil? A mim, não. Mas abaixo vocês poderão ver o que aconteceu dia 4/4 desde a chegada até a saída às 6h59 - aliás, não tinha rodízio a partir de 5h?






quarta-feira, 4 de abril de 2012

'Construção', de Chico Buarque, em versão Smart Perdizes da Gafisa

A irritação com a incompetência da Gafisa e seu Smart Perdizes, que vem aumentando com os seguidos casos de violação à lei do silêncio, me levou a incentivar uma veia artística. Um dia, vendo TV enquanto a obra se esmerava em fazer-se notada altas horas da noite, vi o clipe do Chico com a música Construção. Na hora comecei a tentar adaptar a letra para a realidade barulhenta e cada vez mais insone que vivo - e outros no entorno da obra também. E saiu a letra abaixo. Estava guardando a publicação para um momento especial, e ele veio esta madrugada, quando uma descarga de materiais se estendeu de 0h55 às 6h59. Tamanho esmero da empresa em produzir barulho não poderia ser desmerecido. Por isso, lá vai - quem sabe um dia não consigo gravar a versão musicada e cantada?

"Criticou o decreto do governo flácido
Ignorou a ordem do sossego público
Acumulou entregas com sua ganância
Prometeu silêncio com esforço pífio

Chegou na construção como se fosse sábado
Deu ré no caminhão como se fosse um braço
Gritou na contramão como se fosse várzea
Buzinou alto como em dia de título

Martelou o metal como se fosse ódio
Jogou o vergalhão como esporte olímpico
Trocou o caçambão como escola de samba
A obra põe meu sono numa corda bamba

E no dia seguinte é tudo novamente
Gafisa seu Smart é incompetente
Tamanha barulheira me deixou tão bravo
Se depender de mim não terão um centavo."

A mais longa das noites - e das incompetências da Gafisa

Escrevo neste momento sem ter pregado o olho graças à obra do Smart Perdizes da Gafisa, por isso, espero que me perdoem por eventuais erros no texto. Desde 0h55 até agora (6h10), uma carreta descarrega materiais na obra, alternando barulhos de madeira, metálicos e momentos de silêncio, o que dá ares mais sádicos à coisa, já que, quando mente e corpo pensam que o sossego chegou, são acordados por outro baque.

Não tenho palavras para descrever a atitude da Gafisa. Amadorismo, descontrole, incompetência, sacanagem, mau-caratismo, todas parecem insuficientes. O que mais se aproxima de explicação para o fato é o velho bordão de Justo Veríssimo- "Quero que o povo se exploda!" Se o povo são os vizinhos do Smart Perdizes, posso dizer com certeza que eu "me explodi".

Por alguns dias, pensei que a empresa tinha chegado a uma harmonia entre o rodízio de caminhões e o sossego dos vizinhos. Ledo engano, e não foi o primeiro. Por falta de controle, competência ou vontade mesmo, a Gafisa não consegue impedir que cargas e descargas ocorram em horários danosos à lei do silêncio. Tinha parado de acionar a PM em casos de abuso porque cheguei a pensar que era possível resolver a questão com a empresa em torno de um senso comum. Vi hoje, nas horas insones, que é impossível. A partir de agora, passou de 0h30, "Polícia Militar, boa noite!" Ainda mais se for uma carreta.

PS: Mais tarde, posto os vídeos. Antes, uma surpresinha artística.

domingo, 1 de abril de 2012

Mau exemplo - e desta vez não é da Gafisa

Além do  barulho cotidiano do Smart Perdizes da Gafisa, vejo neste momento, com tristeza, que o problema da falta de respeito com o sossego alheio não é restrito à empresa. Garotos da vizinhança entraram no caçambão cheio de entulhos e estão arremessando madeiras e pedras dentro do contêiner - e para fora dele também. Fica difícil cobrar da Gafisa respeito à vizinhança moradores do entorno têm essa atitude, embora não seja possível comparar o transtorno em série do Smart Perdizes com garotos arruaceiros. Resta lamentar.