terça-feira, 22 de janeiro de 2013

A volta da palhaçada no Smart Perdizes

Pois é, foi bom enquanto durou o virtual respeito da Gafisa à lei do silêncio e ao sossego dos vizinhos da obra do Smart Perdizes. Esta semana até conseguiram descarregar dois caminhões antes da meia
-noite. Mas, desde o final da noite de terça até a madrugada de quarta, a folga dos terceirizados voltou.

Um caminhão de carga chegou ao Smart Perdizes às 23h58. Como estava com metade da caçamba vazia, percebe-se o velho "jeitinho" da empresa: um caminhão para mais de uma entrega e dane-se a lei do silêncio e o direito dos vizinhos a um sono antes do reinício da obra às 7h30 ou antes. Afinal, basta "botar a culpa na lei do Kassab" e socar o pau na barulheira, coitados dos operários.

Mas não é assim. Há jeitos e jeitos de descarregar carga. Certamente o melhor deles não é arremessar toscamente sacos numa carriola metálica. Nem soltar, quase jogando com força, o puxador dela, igualmente metálico, no chão. E muito menos falar alto e dar risada, como se estivessem num boteco, no meio da madrugada, com pessoas tentando dormir em volta da obra.

Conseguir realizar a obra em meio ao rodízio de caminhões e ao direito dos vizinhos ao silêncio não é uma tarefa fácil. Mas passa diretamente por evitar que as terceirizadas façam o que quiserem no canteiro de obras de madrugada. E, hoje, a Gafisa falhou nesse setor. Mais uma vez.

PS: O caminhão resolveu ir embora às 2h de quarta-feira, depois de testar o acelerador algumas vezes e de buzinar. Haja paciência.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Muita calma, Gafisa!

Depois de algumas semanas de relativa obediência à lei do silêncio, a obra do Smart Perdizes da Gafisa voltou a dar uma bola fora enquanto escrevo (na madrugada de sexta-feira, 11 de janeiro de 2013, por volta de 1h). Há cerca de 20 minutos, encostou um caminhão de carga na portaria da Rua Paris da obra, como quem não quer nada.

O porteiro ainda disse claramente (foi possível ouvir a vários metros de distância): "Vocês deveriam ter chegado mais cedo." O motorista deu alguma desculpa esfarrapada. Mas, pelos palets inclinados no fundo do caminhão, ficou nítido que tinham passado em outra obra para descarregar antes. Ou seja, a mesma lógica de socar várias entregas no mesmo caminhão para economizar frete, tudo indica. O prejuízo? Só do sono dos vizinhos da última obra a receber material, mas esse revés não mexe com o bolso de nenhum empreiteiro ou fornecedor, certo?

Felizmente, o caminhão deixou o Smart Perdizes 40 minutos depois, aparentemente sem barulho. Por mais arriscado que seja dizer isso - nas outras vezes, foi sucedido por barulho desenfreado na madrugada -, a empresa parece ter engatado uma série positiva. Toc, toc, toc!