terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O peso de 15 minutos (ou "Carta ao Pavarotti no Telhado")

Da quarta-feira de Cinzas para cá, a obra do Smart Perdizes da Gafisa adotou novo e incômodo procedimento: passou a iniciar sua barulheira matinal às 6h45, em vez de esperar pelas 7h como vinha fazendo. As exceções, creio, foram sábado e segunda-feira - neste último caso, começaram por volta de 7h45,o que pode ter sido mera confusão com o primeiro dia útil do horário de verão. Ou não. O fato é que acordar com ruídos e ver no relógio que eles começaram ainda mais cedo é irritante. Primeiro, porque são alguns minutos a menos de sono. Segundo, porque não raro a Gafisa estende suas descargas de material até depois de 1h, dando pouco mais de 5h30 para descanso. Em terceiro lugar, porque vem a dúvida: mas esses quinze minutos são tão essenciais assim ou é apenas falta de consideração com os vizinhos mesmo?

Vejam: se a obra esperasse até 7h para começar, este post, por exemplo, não seria necessário. Poderia alegar a empresa que os operários tentam não fazer barulho. De fato os ruídos mais pesados começam após 7h, mas se reduzem novamente após 9h. Observando o movimento pré-7h bem de perto, vejo que um pouco mais de organização minimizaria o problema. Seria realmente necessário um operário "espancar" uma barra de ferro bem ao lado das janelas dos vizinhos, no ponto mais próximo entre construções, nesse horário? Não seria possível esperar, por exemplo, até 8h e realizar serviços igualmente necessários em locais mais para o meio da obra? Tudo uma questão de bom-senso...

O mesmo bom-senso, por exemplo, que falta ao trabalhador que canta/berra músicas antes ou um minuto após as 7h. Nada contra a lógica do "quem canta seus males espanta"; de fato, a música pode ser um atenuante para quem está diretamente na origem do barulho, provocando-o e ouvindo-o. Mas um pouco de consideração com os vizinhos, cantando um pouco mais tarde, seria bom. Afinal, nunca se sabe quando o "Pavarotti" em questão pode ir a um programa de calouros musicais e depender de votação telefônica... Sim, nós vamos nos lembrar de sua voz (risos).

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