quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O concreto que virou ferro que virou barulho na madrugada. Mas há uma esperança?


O braço mecânico da betoneira erguido até o último piso construído da obra do Smart Perdizes da Gafisa me pareceu desempenhar perfeitamente o papel de corvo pousado na minha sorte (ou na sorte do meu sono) quando o avistei a pleno vapor às 22h. Mais ainda quando vi, também, que havia dois caminhões com vergalhões parados do lado de fora para descarga. A noite ia ser longa...

Esperei, como de praxe, o "limite pessoal" de 1h antes de fazer algo, como já mencionei em posts anteriores. Afinal, há, como sempre lembra a empresa, o rodízio de caminhões, e eles só podem chegar a partir de 22h. Passou-se a 1h e nada do primeiro caminhão terminar, com o segundo ainda à espera. A PM foi acionada e prontamente atendeu. Daí veio a informação: a concretagem havia atrasado no dia (problema de planejamento?) e isso levou ao atraso das demais tarefas de descarga de  materiais. O policial quis saber se era necessário levar os operários à delegacia e registrar um BO. Negativo. Se geralmente quem está ali de madrugada descarregando materiais pesados não tem culpa do barulho, imagine com atraso de outros, os do concreto. O problema em questão não é com quem recebe a ordem de descarregar, e sim com quem não consegue chegar a um termo razoável de horário entre limitação da Prefeitura e bem-estar dos vizinhos: a empresa.

Já conformado com a "campana" nas próximas horas para registrar o horário de saída do segundo caminhão, fui surpreendido. A PM ainda ficou mais um tempo no local. Após sua saída, pasme, o caminhão também foi embora. Ou descarregaram sem ruído algum, ou algum superior teve bom senso de cessar o barulho às 2h, já que a obra matutina recomeça às 7h. De todo modo, fez ressurgir uma esperança de bom senso na questão. A quem tomou a decisão ou fez a descarga em silêncio, meu obrigado.

PS: Uma correção ao áudio do vídeo. O carro vermelho citado não pertenceria a nenhum superior da obra, e sim a uma pessoa ligada a um dos trabalhadores. Falha nossa, devidamente informada.

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