quinta-feira, 24 de maio de 2012

E olha quem quase voltou! O barulho de 2h50 às 3h55

Pois é, nobres leitores do blog, já faz mais de um mês que o Smart Perdizes da Gafisa tentou ser um bom menino - ainda estamos meio longe do Natal, não? -, apesar de alguns vícios que parecem insanáveis, como arremessar, ou defenestrar, compensados gigantes de madeira de quatro andares de altura às 7h15. Já expliquei que existe elevador de carga neste blog, mas acho que a ideia não foi bem captada. De todo modo, a empresa estava tentando fazer entregas até 0h30, o que, ao menos na opinião deste insone blogueiro, é algo razoável entre o rodízio de caminhões, que acaba 22h, e o sossego dos vizinhos. Mas...

Mas eis que hoje às 2h50 - ou 4h50 após o final do rodízio de caminhões -, chega um caminhão repleto de peças metálicas e vergalhões quase do comprimento do veículo. A julgar pela inscrição na lataria, julgo que pertence à Transportadora Translecchi, de Mogi das Cruzes (era o que estava escrito). Tudo parecia indicar mais uma noite com a chamada da Polícia Militar no canteiro de obras no meio da madrugada, mas algo ocorreu. O caminhão ficou ali parado, até 3h45, mais ou menos. O motorista saiu algumas vezes, tentou assoviar para chamar o porteiro da obra, falou ao celular, e nada. Depois de um tempo, pediu ao porteiro de um prédio vizinho o rádio. De longe, deu para escutar que a bateria do rádio do motorista tinha acabado, e o caminhão dele tinha sido bloqueado pela empresa de segurança. Teria sido pelo horário em que ele estava fora de casa ou uma falha no sistema? Difícil saber. O fato é que, logo depois da conversa pelo rádio, ele foi embora, alguns minutos antes de 4h. E, vale lembrar, a obra começa por volta de 7h15.

Ok, parabéns a quem decidiu que não era uma boa ideia jogar ferros às 4h. Mas isso não exime a Gafisa e a Translecchi de responsabilidades. A Gafisa não deu um horário máximo de chegada para descarga, ainda mais de ferros, que são dos itens mais barulhentos da obra? Se não deu, está errada e desconsiderou o sossego dos vizinhos. Se deu, a Translecchi ignorou e chegou "na hora que deu"? Tudo bem, a empresa fica em Mogi, mas é básico sair um pouco antes das 22h de lá (20h30, por exemplo) para chegar o mais perto possível do fim do rodízio na capital e acabar o mais cedo possível. Mais especificamente, será que a Gafisa - e, no caso, a Translecchi - se importam com o barulho que causariam às 4h? Com a palavra, as empresas.

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