quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Nervos de aço contra irracionalidade de ferros no Smart Perdizes da Gafisa

Bem, amigos do blog da Obra Barulhenta. Gostaria de ter voltado a escrever aqui com boas notícias, como "A obra do Smart (?) Perdizes da Gafisa acabou finalmente!" ou "A Gafisa aprendeu a respeitar o silêncio alheio e organizou suas entregas com bom-senso entre o rodízio de caminhões e o sossego dos vizinhos". Mas não, relatarei o mau e velho desrespeito costumeiro da Gafisa nas madrugadas de Perdizes.

São 2h30 e escrevo ao som de ferros sendo arrastados. Sim, os operários da terceirizada do dia que faz as entregas inventaram uma "ponte" para arrastar objetos mais pesados do caminhão para o chão. Mas aparentemente se lixam para os vizinhos dormindo ao arrastar os ferros de um lado para o outro, em vez de carregá-los com cuidado. Este, porém, é apenas um capítulo melancólico da violação à lei do silêncio do dia. Espero que seja o último, mas o folgado da Kombi que entrega café e pães na obra chegará daqui a pouco e buzinará em vez de checar se tem alguém na portaria para recebê-lo, como faz de segunda a sábado - incluindo nas madrugadas de domingo para segunda.

O problema do dia começou às 0h30, geralmente um horário razoável para aquele bom-senso entre o rodízio de caminhões que vai até 22h e o sono dos vizinhos. Mas passou 0h30, 0h40, 0h50... Aí o barulho começou a pegar. Depois de descarregarem pacotes grandes, possivelmente de materiais de acabamento, os operários terceirizados da Gafisa começaram a pegar, do fundo do caminhão, barras de ferro compridas.  Ferro e madrugada não são grandes amigos. É barulho para colocar na posição de descarregar, barulho parra puxar uma ponta, barulho para puxar outra e barulho para colocar (ou jogar) os tais ferros na obra. E essa palhaçada durou mais de meia hora. O mais absurdo é a colocação estratégica dos ferros. Ora, se eles são os mais barulhentos, por que não são descarregados primeiro? Vejamos as hipóteses:

1) O responsável pela carga do caminhão não pensa.
2) A Gafisa, o responsável pelo caminhão e os operários até pensam, mas estão se lixando para os vizinhos.
3) Há uma desculpa técnica de extrema necessidade para descarregar os ferros por último, e a empresa alega lamentar o transtorno.
4) Todas as anteriores, o que é mais provável, exceto pelo fato de que a empresa não lamentou, ao menos para mim, nenhum de seus barulhos que violam a lei do silêncio. Apenas limitou-se ao mimimi do rodízio de caminhões.

Por volta de 1h50, aparentemente acabaram os ferros. Sono, enfim? Nada disso. Mais um caminhão cheio devia ser descarregado. Alguém foi lá reclamar, pelo que vi. Menos de 10 minutos depois, o caminhão vazio encostou na frente do cheio, e os operários pegaram as madeiras que embalavam os materiais retirados antes, que já haviam sido jogadas de forma ruidosa na caçamba em frente à obra, e começaram a jogá-las na caçamba do caminhão. JOGAR! Sequer abriram a boleia para coloca as ripas de forma silenciosa. Jogaram, e me deram uma impressão bem convincente de que o faziam de propósito, ou raiva por terem sido cobrados pelo barulho anterior. Espero estar enganado.

Começou, então, a brincadeira do escorregador de ferro de objetos pesados do segundo caminhão, que se estendeu até 2h50. Coloca ferros para um lado da boleia, barulheira. Coloca ferros para o outro lado da boleia, mais ruídos. O mais surreal é que, toda vez que passava uma viatura de polícia, eles paravam o barulho e ficavam quietinhos, como crianças tentando evitar o castigo. Depois, retomavam o barulho. Patético.

Esse é o lastimável saldo de barulho, descaso e irresponsabilidade da Gafisa e seu Smart (?) Perdizes na madrugada de hoje, sexta-feira, 5 de outubro de 2012. Acabo de escrever já na expectativa de ouvir o folgado da Kombi e sua buzina despreocupada com os vizinhos que tentam dormir na madrugada. Gafisa é isso aí!

PS: Durante os dias, os vídeos da festa do caqui serão postados aqui.

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